segunda-feira, 25 de julho de 2016

As três palavras mais estranhas





AS TRÊS PALAVRAS MAIS ESTRANHAS


Quando pronuncio a palavra Futuro,
a primeira sílaba já se perde no passado.


Quando pronuncio a palavra Silêncio,
suprimo-o.


Quando pronuncio a palavra Nada,
crio algo que não cabe em nenhum não ser.


Wislawa Szymborska

Tradução: Regina Przybycien



Onde:

ª
[poemas] # Wislawa Szymborska
Tradução: Regina Przybyciem
Companhia das Letras

http://www.deviantart.com/art/Wislawa-Szymborska-283594540

domingo, 24 de julho de 2016

Little fly

Macanudo # Liniers



Little fly # Esperanza Spalding  sobre poema de William Blake


Onde:

http://macanudo-liniers.tumblr.com/image/27829760980

https://www.youtube.com/watch?v=w2JRGv91urY

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Da linhagem de Pagu

Por Maíra


(ana)crônica de uma ótica ou a eterna moribunda


meu sestrodestro
esturdido véu

nele, tão excentro

olho

os modos
as ameaças
as vergonhas

se concentram.

para enxergar, um
só basta

adestro

– olho de fossa
para escoar bofes

– olho de fumaça
para esconder gafes

– olho de faca
para extirpar bifes

– olho de coxia
para elevar fobos

locus horrendus
donde espreita a impostura

extemporal

meu olho
meu orco
meu ôminos


***
cidade do méxico/são paulo/brasília, março e abril de 2016Publicado em

Maíra Mendes Galvão - Poesia


dia 12 de junho – sem poema, só matéria prima.


não quero ser princesa.
não quero que me mude.
não quero ser a melhor.
não quero ser a única.
não quero um pedestal.
não quero ser paradigma.
não quero proteção.
não quero ser escudeira.
não quero que me ajude.
não quero seu mapa.
não quero ter dono.
não quero, enfim, ser objeto direto ou indireto, só verbo avulso ou flexionado. quero ser paralela, livre, sincrônica, modal.

não sou diva, sou grande.


Maíra Mendes Galvão - Interstício


sétimo céu // patti smith

Ah, Rafael. Anjo da guarda. No amor e no crime
tudo se arranja em sete. sete compartimentos
no coração. as sete elaboradas tentações.
sete demônios exorcizados de Maria Madalena puta
de Cristo. as sete maravilhosas viagens de Simbad.
sim, mau. E o número sete marcado para sempre
na testa de Caim. O primeiro homem inspirado.
O pai do desejo e do assassinato. Mas não foi dele
o primeiro êxtase. Vejamos sua mãe.

Foi de curiosidade o crime de Eva. Segundo
o ditado: matou a fifi. Uma maçã podre matou
o lance todo. Mas pode ter certeza que maçã não era.
Maçã parece bunda. É fruta de fruta.
Deve ter sido um tomate.
Ou melhor. Uma manga.
Ela mordeu. Precisa por a culpa nela. abusar e tudo.
pobre vaca dócil. talvez seja uma estória mal contada.
imagine Satã como um garanhão.
talvez ela estivesse de pernas abertas.
satã serpenteia entre elas.
abrem-se mais
serpenteia coxas acima
se esfrega ali nela um tempo
mais do que a árvore do conhecimento prestes
a ser comida…ela geme seu primeiro gemido
jardim do prazer do prazer
será que se arrependeu
será que chegamos a ser garotas
será que era boa de cama
só deus sabe


Patti Smith, “seventh heaven” de Early Work 1970-1979. Copirraite © 1994 de Patti Smith. Publicação desta tradução e menção ao poema sob permissão da autora e da W. W. Norton & Company, Inc.

Fonte: EARLY WORK: 1970-1979 (W. W. Norton and Company Inc., 1994)

Maíra Mendes Galvão - Tradução




Onde:

https://turgescencia.wordpress.com/

terça-feira, 19 de julho de 2016

Sangue novo & miolos frescos

Ballerina in a Death's Head # Salvador Dali



nostalgia

de repente uma saudade
de pegar a moto, o  filho
cruzar o país de costa a costa
sentir cheiro de mar
e pisar nas folhas secas
na floresta

que até o momento
eu não tenha filho ou moto
não vem ao caso 
do sentimento


cervelles fraîches

miolos
comam miolos
fazem bem para a pele
fortalecem os ossos

refrescam as ideias
despertam os anticorpos
ajudam o mirrado artista
a melhorar seus esboços

brioches são para os fracos
pão para os ociosos
bananas para os macacos
chocolate para os dengosos

miolos: comam miolos

apreciados a colheradas
da cabeça dos mortos
são mais frescos
e saborosos


e agora para algo completamente diferente

havia rumores
de que eu não tinha um coração

é verdade.
meu coração dividiu em 10 x
uma passagem em promoção
nesse exato momento está molhando os pés no mar
e colocando as fotos
nas redes sociais

meu coração foi servido em um jantar
na semana passada. um dos convidados não comeu
porque era vegetariano.
os restos foram dados ao cachorro da vizinhança
que manca de uma das patas
e atende pelo nome de pingo

meu coração está bêbado em um bar no centro
tomando o penúltimo conhaque
enquanto o garçom começa a limpar as mesas
e empilhar as cadeiras
para poder voltar mais cedo
para a nova namorada

meu coração foi para o silicon valley
ganhar seu primeiro milhão
e acabou leiloado no ebay
por uns pares de centavos

meu coração está de licença
tirou um ano sabático
foi surfar na flórida
pedalar na dinamarca
esquiar na patagônia
saiu para comprar cigarros

então, como vês, é verdade:
meu coração foi demitido por justa causa
em razão de sua inegável
inabilidade

penélope

a mão direita escreve
a esquerda apaga



Jeanne Callegari - Miolos Moles pg. 11, 39, 29, 65


Onde:


Miolos Frescos # Jeanne Callegari
Ed. Patuá

http://editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=347

http://www.wikiart.org/pt/salvador-dali/ballerina-in-a-death-s-head

domingo, 17 de julho de 2016

A guerra não tem rosto de mulher

Lyudmila Pavlichenko (atiradora russa, símbolo da defesa de Sebastopol, Criméia)

Foto: AP

..."Passados alguns anos, já anotei centenas de relatos... Nas prateleiras de livros tenho separado centenas de fitas cassete e milhares de páginas impressas. Escuto e leio com atenção...

Cada vez mais o mundo da guerra revela para mim um lado inesperado. Antes, eu não me fazia essas perguntas: como era possível, por exemplo, passar anos dormindo em trincheiras inacabadas, ou ao lado de uma fogueira na terra nua, usar botas e capote e, por fim, não rir, não dançar? Não usar vestidos de verão? Esquecer dos sapatos e das flores...e elas tinham dezoito, vinte anos! Estava acostumada a achar que não há lugar para a vida feminina na guerra. Ali ela é impossível, quase proibida. Mas eu estava enganada... Bem depressa, já na época dos primeiros encontros, notei: não importa de que as mulheres falassem, até mesmo de morte, sempre se lembravam (sim!) da beleza, que aparecia como uma parte indestrutível de sua existência: Ela estava tão bonita no caixão...Parecia uma noiva.(A. Strótseva, soldado de infantaria), ou: Iriam me entregar uma medalha, e minha 'guimnastiorka' estava velha. Costurei para mim uma pequena gola de gaze. Era branca de qualquer forma... Me achei tão bonita naquele momento. Não tínhamos espelho, eu não conseguia me ver. Bombardearam tudo o que tínhamos... (N. Iermakova, comunicações). Contavam alegremente e com gosto seus ingênuos truques de meninas, seus pequenos segredos, sinais invisíveis, como se, no cotidiano 'masculino' da guerra e nos assuntos 'masculinos' da guerra, quisessem ainda assim continuar sendo elas mesmas. Sem trair sua natureza. A memória delas surpreendentemente (já tinham se passado quarenta anos) guardava uma grande quantidade de coisas banais do cotidiano da guerra. Detalhes, nuances, cores e sons. No mundo delas, cotidiano e existência se uniam e o fluxo da existência era valioso em si mesmo, elas se lembravam da guerra como uma época da vida, e mais de uma vez observei como nas conversas delas o pequeno vencia o grande e até a história. Pena que só fui bonita na guerra... Queimei nela meus melhores anos. Passaram. Depois eu envelheci muito rápido... (Anna Galai, atiradora de fuzil).

Depois de muitos anos de distanciamento, alguns fatos de repente se ampliavam, outros diminuíam. Ampliava-se também o que era humano, íntimo, e isso passou a ser, para mim, o mais curioso: até para elas mesmas era o mais interessante e próximo. O humano vencia o desumano, simplesmente porque era humano. Não tenha medo de minhas lágrimas. Não fique com pena. Mesmo que me seja doloroso, sou grata a você por ter me lembrado de minha juventude... (K. S. Tikhonóvitch, sargento, operadora de artilharia antiaérea).

Eu tambem não conhecia essa guerra. Nem suspeitava de sua existência"...
   
A guerra não tem rosto de mulher - Svetlana Aleksiévitch (pg. 236-7)

Tradução: Cecília Rosas


Onde:

A guerra não tem rosto de mulher # Svetlana Alekssiévitch
Tradução: Cecília Rosas
Companhia das Letras

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Das ruínas

Foto: Kerlon Pugen


RUÍNA

Manoel de Barros

Um monge descabelado me disse no caminho: "Eu queria construir uma ruína. Embora eu saiba que ruína é uma desconstrução. Minha ideia era de fazer alguma coisa ao jeito de tapera. Alguma coisa coisa que servisse para abrigar o abandono, como as taperas abrigam. Porque o abandono pode não ser apenas de um homem debaixo da ponte, mas pode ser também de um gato no beco ou de uma criança presa num cubículo. O abandono pode ser também de uma expressão que tenha entrado para o arcaico ou mesmo de uma palavra. Uma palavra que esteja sem ninguém dentro. (O olho do monje estava perto de ser um canto.) Continuou: digamos a palavra AMOR. A palavra amor está quase vazia. Não tem gente dentro dela. Queria constuir uma ruína para a palavra amor. Talvez ela renascesse das ruínas, como um lírio pode nascer de um monturo". E o monge se calou descabelado.


Onde:

Poesia completa # Manoel de Barros
Ed. Leya

http://www.dicionariotupiguarani.com.br/dicionario/tapera/

http://www.baixaki.com.br/papel-de-parede/25367-tapera.htm

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Fala, Haddad!



Haddad critica partidarização da imprensa e diz que o governo Alckimin é blindado


Jornal GGN - Para Fernando Haddad (PT),  prefeito e pré-candidato à reeleição na cidade de São Paulo, há uma criminalização do debate político que coloca de lado a discussão sobre propostas e torna todos potencialmente suspeitos. "Foi tomada uma decisão política pelo establishment, de suprimir a contradição política no país. Não é derrotar. Porque derrotar é pôr ideias em debate, um dos lados vence. É a supressão da representação política dos debaixo que, pela primeira vez em 500 anos, conseguiram encontrar uma voz”, diz Haddad.
Em entrevista para a Rádio Brasil Atual, o prefeito disse que o resultado desta criminalização não foi bom para a sociedade, partidos ou empresas, incentivando o aumento da intolerância no país. "Em vez de fortalecer propostas, você está enfraquecendo a todos, políticos e também empresários. Não tem ninguém ganhando com isso."
Ele diz que um dos atores responsáveis por este cenário é a imprensa brasileira, que não separa opinião de informação e realiza campanhas difamatórias. Haddad reclama da cobertura dada para sua gestão na prefeitura, dizendo que algumas ações foram ignoradas, enquanto outras foram tratadas de maneira enviesada. "O que apanhamos por redução de velocidade não está no gibi", afirma.
Haddad também critica a desinformação, dizendo que o governo estadual, de Geraldo Alckmin (PSDB), é blindado pela imprensa. Também diz que muitas vezes é cobrado por obras que são de responsabilidade da gestão do tucano. "Não se discute o governo estadual. Então, a população não tem culpa, porque não tem informação. As pessoas realmente não sabem. Chegam em mim e dizem 'o monotrilho não fica pronto', 'estou sem água'", diz.
Ouça a entrevista e leia mais abaixo:
Da Rede Brasil Atual
 
Prefeito de São Paulo avaliou que eleição deste ano será marcada por campanhas de difamação, mas está otimista quanto a sua situação no pleito. Ele também considera que o governo estadual é "blindado"
Em entrevista à Rádio Brasil Atual hoje (6), o prefeito e pré-candidato à reeleição na capital paulista, Fernando Haddad (PT), avaliou que houve um movimento da elite nacional para nivelar por baixo o debate político, pondo de lado a discussão sobre propostas e tornando a todos potencialmente suspeitos. “Eu entendo que foi tomada uma decisão política pelo establishment, de suprimir a contradição política no país. Não é derrotar. Porque derrotar é pôr ideias em debate, um dos lados vence. É a supressão da representação política dos debaixo que, pela primeira vez em 500 anos, conseguiram encontrar uma voz”, afirmou.
De acordo com o prefeito, o resultado dessa ação, no entanto, não foi vantajoso para partidos, empresas ou para a sociedade e fomentou o crescimento da intolerância no país. “As pessoas já não conseguem discernir. Estão jogando todos na vala comum. E, em vez de fortalecer propostas, você está enfraquecendo a todos, políticos e também empresários. Não tem ninguém ganhando com isso.”
Haddad credita parte dessa situação a setores da imprensa, que, conforme avaliou, não têm se preocupado em separar opinião de informação, realizando, na prática, campanhas difamatórias em emissoras de rádio e televisão. “Não acho que precisamos esperar imparcialidade. A imprensa precisa ser transparente. A opinião é essa, mas a informação estando correta, tudo bem. Mas quando partidariza a reportagem não dá”, observou.
Segundo ele, nunca receberam destaque na mídia ações de sua gestão, como a renegociação da dívida com a União, o Plano Diretor e políticas de combate à desigualdade social. “Sempre houve lado. Faz parte da liberdade de imprensa ter lado, desde que ela deixe claro ao leitor que é opinião dela", ponderou. "Mas isso não pode afetar a informação. Mas tem uma partidarização no país que está afetando as instituições. E não é só com a imprensa. Isso prejudica o jogo democrático e o debate de ideias para que o eleitor tome sua decisão."
Haddad também reclamou da cobertura "enviesada" dada a outros temas, como a redução de velocidade nas avenidas da cidade e a abertura de vias à população. “Fizeram campanha contra a Paulista Aberta. Que hoje é um sucesso. O que apanhamos por redução de velocidade não está no gibi. Não vi nenhum veículo de comunicação divulgar que os 50km/h são recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segurança no trânsito não devia ser partidarizada”, afirmou.
Segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as marginais Tietê e Pinheiros tiveram juntas redução de 32,8% no número de mortes, no comparativo entre os anos de 2014 e 2015. Em toda a capital, a redução do número de mortes no trânsito foi de 20,6%.
Para o prefeito, as eleições municipais deste ano ainda serão marcadas por campanhas de difamação nas redes sociais. O prefeito já é alvo de várias delas, como o boato de que seu sogro teria uma fábrica de tinta, que vende para a prefeitura pintar as ciclovias. Ou que o prefeito aumentou seu patrimônio e mudou para uma cobertura de luxo no bairro do Paraíso. “Olha, é um inferno o que se faz com reputações na rede”, desabafou.
Haddad, porém, espera conseguir maior inserção nas redes sociais e utilizar o período eleitoral para superar a “barreira midiática” sobre sua gestão. “Terei de usar a campanha para reverter três anos de pancadaria. Porque se perdeu o pudor. É muito difícil concorrer com emissoras de TV que têm candidato próprio. São concessões públicas que têm candidato próprio. Que vêm fazendo reportagens muito baixas com objetivos políticos”, afirmou.
Os pré-candidatos que têm programas na TV aberta são João Dória Júnior (PSDB), que apresentava um talk show na TV Bandeirantes, e Celso Russomanno (PRB), que mantinha um quadro sobre direitos do consumidor na Record. O apresentador José Luiz Datena, que apresenta um programa jornalístico na Bandeirantes, desistiu de concorrer à prefeitura no início deste ano.

Desinformação

Para o prefeito, além das notícias e comentários negativos, há também a necessidade de superar a desinformação, que leva a população a exigir dele ações que são obrigação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo.
“O governo estadual é blindado. Não se discute o governo estadual. Então, a população não tem culpa, porque não tem informação. As pessoas realmente não sabem. Chegam em mim e dizem 'o monotrilho não fica pronto', 'estou sem água', 'precisa investir em segurança'. Na campanha vão poder comparar. Enquanto abrimos creches, eles estão fechando escolas. Enquanto criamos faixas de ônibus, eles não abriram nenhuma estação de metrô”, afirmou.
A eleição municipal deste ano tem até agora 12 pré-candidatos. Haddad demonstrou confiança pelos resultados de sua gestão, afirmando que pretende fazer uma campanha propositiva. E lembrou de quando, inexperiente em disputas eleitorais, derrotou o tucano José Serra. “Em 2012, eu vim disputar com o Serra, que tinha acabado de sair da campanha presidencial. O Ciro (Gomes) disse que o Serra era imbatível em São Paulo. Meus colegas de partido me disseram que não era possível vencer o Serra com um programa de governo. Mas acho que foi exatamente isso que venceu a eleição.”
“Acho que, se a gente conseguir mostrar pro povo o que fizemos, porque a população só tem uma pálida ideia, seja qual for o tema, a gente dá de lavada nos antecessores”, acrescentou o prefeito.

Impeachment

Em relação ao processo de impeachment contra a presidenta afastada Dilma Rousseff, e a possível realização de um plebiscito, na possibilidade de ela ser absolvida no Senado, Haddad defendeu que a presidenta Dilma conclua o mandato. “Do ponto de vista do presidencialismo, a preservação do mandato é muito importante. Sei dos constrangimentos da presidenta no debate com os movimentos. Mas se não cometeu crime, termina o mandato.”
Para ele, está ficando claro na sociedade que houve um golpe. “Até jornalistas conservadores escreveram que houve ruptura. Não sei se arrependidos, mas percebendo o que houve. Na imprensa internacional, está mais claro de que houve ruptura engendrada”, afirmou.
Haddad, no entanto, é pessimista quanto ao desfecho institucional do impeachment, por entender que o presidente interino, Michel Temer (PMDB), articula para que o processo termine com a saída da presidenta. “O governo interino quer ficar no poder e tem a caneta e ela está sendo usada na contramão de tudo o que havia sido dito: nomeações políticas, loteamento de cargos públicos. É muito difícil lutar contra isso. A população se mobilizou, mas a máquina institucional que está sendo usada é muito forte”, avaliou.

Onde:

http://jornalggn.com.br/noticia/haddad-critica-partidarizacao-da-imprensa-e-diz-que-governo-alckmin-e-blindado