segunda-feira, 26 de setembro de 2016

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Monstruosidades do planeta Lava Jato




Depois de buscar Mantega no hospital, que falta a Lava Jato fazer no rol das monstruosidades?


Paulo Nogueira


Que a Lava Jato é fundamentalmente injusta sabemos.

Que ele é um arma da plutocracia para destruir o PT e Lula sabemos.

Que ela faz uma parceria indecente com a mídia, sobretudo, a Globo, sabemos.

Que ela ajuda o Brasil a ser uma República das Bananas, sabemos.

Mas que ela é canalha, miseravelmente canalha, desumanamente canalha tivemos a prova nesta manhã de quinta no curso da Operação Arquivo X.

O nome, aliás, não poderia ser mais apropriado. Depois do power point que parecia feito por alienígenas sob o comando de Dallagnol, tinha mesmo que vir a Operação Arquivo X.

Prender Mantega no hospital, quando ele velava a mulher submetida a uma cirurgia, ultrapassa todos os limites da decência.

É coisa que a gente não consegue imaginar nem em ação policial nazista. Ou, para ficarmos no tema presente, nem nos tribunais alienígenas.

Descemos novos degraus no índice da civilização. Pense como a opinião pública britânica reagiria se tamanha brutalidade ocorresse lá. Todo o comando policial ligado a ela seria expelido devido à pressão da sociedade. Orwell cunhou a expressão “decência básica” para evitar tais monstruosidade.

Nem na Revolução dos Animais Orwell concebeu uma baixeza de tal magnitude.

Mantega é um homem lhano, acusado de coisas que só no Planeta Lava Jato são cabíveis. Um dia, espero que não tão longe, saberemos quantas mentiras estavam e estão associadas às acusações da Lava Jato.

Tão repulsiva quanto a ação em si para prendê-lo foi ver a reação de débeis mentais manipulados pela mídia plutocrata.

Aplausos dementes, palmas ensandecidas: nem um miserável sinal de humanidade.

Eis no que a plutocracia nos transformou: num país selvagem, desprezível, oprimido por um grupo de poderosos que trata os brasileiros como gado.


Onde:

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/depois-de-buscar-mantega-no-hospital-que-falta-a-lava-jato-fazer-no-rol-das-monstruosidades-por-paulo-nogueira/


terça-feira, 20 de setembro de 2016

Mais um, menos 5.170 ou mais




MAIS UM, MENOS 5.170 OU MAIS


Danielle Magalhães


em berlim eu passava

grande parte do tempo olhando o céu

muito azul bem no final do inverno

fazia muito frio e eu achava engraçado

porque parecia que o céu contradizia

a temperatura

como pode tudo ficar tão

bonito com uma temperatura tão baixa

em berlim eu fiquei no lado oriental

mas um dia fui ao lado

ocidental em uma rua 

onde havia muitas mulheres sírias

pedindo alguma coisa para qualquer um

que passava

eu sentei em um banco de uma praça

e uma das mulheres percebeu talvez

ela não é alemã e veio

falar comigo em inglês

perguntando se eu sabia falar

inglês? eu disse mais ou menos

o que na verdade

foi resposta nenhuma

então ela pegou um papelzinho e começou a ler

a mesma pergunta

em várias línguas

que eu nem sabia 

que existiam

sempre a mesma

pergunta e eu fiquei sem reação não consegui

parar de olhar para

o papelzinho com a mesma pergunta até

em português ela lia

uma por

uma atrás da outra

sem interrupção até

que ela terminou de ler ela

levantou os olhos para minha cara e antes de

se virar e procurar outro

qualquer alguém ela

me olhou por um segundo e meio

frustrada meio irritada

como quem não aguenta mais

repetir sempre a mesma coisa

em línguas diferentes para 

todo mundo the whole world

que parece falar língua nenhuma

sem entender palavra

de nenhuma língua sequer

nem da sua que parece nunca ter sido

sua

ela

fala para ninguém

ela fala

para ninguém

como eu sem expressão como alguém

que não estava entendendo

como se eu não falasse

mas é ela que fala

todas as línguas

vêm dela todas 

as línguas são todas

elas concentradas em uma pergunta

que se repete

em ouvidos outros

em rostos sem

rostos

sempre sem resposta

o céu muito azul

estava no rio

anteontem antes de

ontem e antes e antes

no mesmo momento na mesma hora

os imigrantes sírios estão morrendo

entre a ásia e a europa

os imigrantes entre

a áfrica e a europa imigrantes

entre a américa e 

a américa e o mundo

parece que fica todo tão

bonito e a vida parece

que faz tanto sentido

quando o céu muito azul do início

da primavera

cai sobre o rio

um dia antes da foto do menino sírio

morto se espalhar pelo mundo

que desde um dia antes

e antes

parece que sempre foi ontem e nunca

hoje

e sempre esse céu

sobre berlim ou aqui aqui

ou lá

paira na atmosfera do universo

contradizendo a temperatura

do mundo

e deixando sempre a mesma pergunta

sem resposta

em todas as línguas


Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2015.



Onde:













Quando o céu cair # Danielle Magalhães

Ed. Megamíni

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Convicção sem provas e provas sem convicção: que perigo para a Democracia!







Quando até o Reinaldo Azevedo admite que a denúncia apresentada pelo procurador Deltan Dallagnol "constrange os meios jurídicos", provoca "desalento no staff do Procurador-Geral da República" e "comete erro primário, fruto do açodamento e do estrelismo" é porque o espetáculo foi tíbio e desastroso.

Justiça não é justiçamento. Investigação não é perseguição. O Ministério Público existe para servir à sociedade e ao Estado Democrático e não para coagir os cidadãos. Sem controle social e obediência à lei e à Constituição, juízes, procuradores e policiais federais transformarão o Estado brasileiro em um grande Leviatã, estado totalitário regido pela burocracia ideologizada e sem isenção.



DENUNCIA INEPTA DA LAVA JATO EXPÕE O MINISTÉRIO PÚBLICO


Luis Nassif

O rebaixamento do Brasil para a segunda divisão das democracias ocidentais teve três momentos significativos: a votação da admissibilidade na Câmara, com aquela malta aos berros invocando o nome do pai e da mãe; a performance de Janaina Paschoal no comício do Largo São Francisco; e o jovem procurador gaguejante, armado de um Power Point capenga, conduzindo um discurso tatibitate naquele que deveria ser o grande desfecho da mais massacrante campanha já movida contra uma pessoa no país.

Foi como se todo o edifício de marketing erigido em torno da Lava Jato desmoronasse de uma vez.

Até agora era ensaio e jogo para a plateia. O jogo de verdade começou ontem. E, ali, não houve marketing que resolvesse.

O dia começou com as críticas à parcialidade do Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot, culminando com uma Carta Aberta de seu ex-melhor amigo, procurador Eugênio Aragão. E terminou com um palco iluminado, com os olhos do país sobre a Lava Jato, para que procuradores provincianos, armados com todos os recursos do marketing – prejudicado por um Power Point sofrível – se exibissem para a torcida durante 90 minutos, sem marcar um gol sequer.

O único chute, aliás, foi gol contra: a afirmação do procurador de que “não temos prova, mas temos convicção”. Que mereceu uma blague matadora: uma foto do helicóptero com os 400 quilos de cocaína e a frase “nós temos provas, mas não temos convicção”.

Depois de meses com o país aguardando em suspense o grande dia da apresentação da denúncia, a peça acusadora assemelha-se a um livro de ensino básico montado com a assessoria do Google. Descrevem os escândalos da Petrobras, o mensalão, o presidencialismo de coalizão, a história de José Dirceu no PT, em um “enrolation” sem par. E terminam com um duplo abuso.

O primeiro, de não terem apresentado uma prova sequer contra Lula. O segundo de, mesmo assim, terem alimentado os jornais de manchetes falsas por meses e meses, e, agora, oferecerem a denúncia, com uma peça que expõe o Ministério Público Federal à galhofa.

Com um texto paradidático para ensino fundamental, explicam o que é o presidencialismo de coalizão.

“Dentro do “presidencialismo de coalizão”, a formação da base aliada do Governo envolve três momentos típicos. Primeiro, a constituição da aliança eleitoral, que requer negociação em torno de diretivas programáticas mínimas, a serem observadas após a eventual vitória eleitoral. Segundo, a constituição do governo, no qual predomina a distribuição de cargos e compromissos relativos a um programa mínimo de governo. Finalmente, a transformação da aliança em coalizão efetivamente governante, momento em que emerge o problema da formulação da agenda real de políticas e das condições de sua implementação. Numa estrutura multipartidária, o sucesso das negociações, na direção de um acordo explícito entre o Poder Executivo e os integrantes do Poder Legislativo, que aprova as leis que concretizam o plano de governo, é decisivo para capacitar o sistema político a atender demandas políticas, sociais e econômicas”.

Fantástico! Entenderam o que o presidencialismo de coalizão!

Mas o de Lula é diferente.

“No entanto, de forma contrária, em vez de buscar apoio político por intermédio do alinhamento ideológico, LULA comandou a formação de um esquema criminoso de desvio de recursos públicos destinados a comprar apoio parlamentar de outros políticos e partidos, enriquecer ilicitamente os envolvidos e financiar caras campanhas eleitorais do PT em prol de uma permanência no poder assentada em recursos públicos desviados”.

Antes do Lula os partidos queriam cargos para fazer o bem comum, procurar o bem e a caridade e pagar dízimo para a Igreja.

Mais: descobriram novidades fantásticas! Que além de construir a governabilidade, Lula “objetivou também a perpetuação no poder do próprio partido”. Alvíssaras! No seu curso de Ciências Políticas por correspondência, os doutos procuradores de Curitiba descobriram que os partidos políticos lutam para se perpetuar no poder.

Em um trecho, desenvolvem a tese da caixa única centralizada, como se fosse peça central para fechar o raciocínio em torno da tal organização criminosa. “Considerando que o dinheiro é um bem fungível, e tendo em vista que os recursos ilícitos de cada uma das empreiteiras revertia para o mesmo caixa geral de cada partido, os valores desviados de diferentes fontes nesse caixa se misturavam”, uma maneira douta e erudita de dizer que os partidos recebiam propinas de diversas frentes.

Na falta de provas, recheiam a acusação com uma salada monumental, misturando acusações diversas, de escândalos e sub-escândalos já levantados, das mutretagens da André Barbosa com agências de publicidade, à Eletronorte, para atribuir tudo a Lula.

O leitor esperando as provas, e nada. Em cada capítulo repetem a história do apartamento tríplex – sem apresentar um dado sequer de que é ou era de Lula; e a guarda dos documentos presidenciais, bancada pela OAS.

É para isso que se quer as Dez Medidas. Para conferir um poder avassalador para procuradores sem discernimento, que sabem apenas jogar para a mídia.

Com esse espetáculo burlesco, os procuradores da Lava Jato facilitaram o trabalho dos que pretendem esvaziar sua atuação. Fizeram o mesmo que seus colegas portugueses com o ex-primeiro-ministro José Sócrates: montaram uma campanha sem provas para destruir a imagem política. Entregue o trabalho sujo, chegou a hora do Alto Comando enquadrá-los. E, nada melhor, do que a apresentação canhestra de procuradores imberbes e deslumbrados para facilitar o desmonte.


Onde:

http://jornalggn.com.br/noticia/denuncia-inepta-da-lava-jato-expoe-o-ministerio-publico

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Alckmin e Temer: por que mandam bombardear 100 mil pessoas pacíficas?





Alckmin e Temer: por que mandam bombardear 100 mil pessoas pacíficas?

Zé Augusto

Houvesse um jornalismo honesto, essa seria a manchete dos jornais de hoje para contar a verdade do que ocorreu no protesto "Fora Temer, Diretas Já" em São Paulo.

Foi uma grande manifestação com cerca de 100 mil pessoas, totalmente pacífica, do início ao fim. Já terminada, já esvaziada, quando o povo ia para casa, do nada um grupo da PM começou a atacar quem ainda estava na fila do metrô aguardando ordeiramente para entrar na estação e ir para casa.

Convenhamos, Alckmin em sintonia com as diretrizes de Temer, inovou. Ambos criaram o esquadrão Black Bloc informal da PM. O destacamento que vai às manifestações para garantir cenas de confronto para as TVs e jornais.

Vamos imaginar uma estorinha a partir de alguns fatos reais irrefutáveis.

Um presidente golpista e impopular quer esvaziar manifestações populares contra ele. Diz que "são 40 pessoas que vão quebrar carros". As TVs e jornalões, aliados do golpe, tratam de propagandear essa versão, não de 40 pessoas para não pegar mal, afinal a imprensa estrangeira hoje é acessível aos brasileiros pela internet, mas batendo na tecla do vandalismo para espantar a grande maioria dos manifestantes pacíficos.

No dia seguinte à declaração do presidente do golpe, 100 mil pessoas vão às ruas pacificamente. Os movimentos sociais organizados dissuadem os pouquíssimos jovens radicais mascarados a tirarem máscaras e não quebrarem nada, pois seria fazer o jogo dos repressores.

A manifestação, além de protestar, desperta consciências do povo que perde direitos com o golpe para reinvindicá-los de volta: mais saúde, mais educação, mais moradia, mais emprego, melhores salários e aposentadorias, mais justiça social, mais participação popular e menos corrupção, menos arrocho, menos opressão e menos repressão.

A manifestação é um sucesso, pacífica do começo ao fim. Agora entra a ficção mas é aquela ficção que parece tão real quanto a realidade. Um telefonema é trocado entre um figurão do governo e um editor de TV. "Vândalos! Cadê os vândalos?", diz um. "Sem cenas de vandalismo, amanhã as manifestações vão ser maior. A adesão popular crescerá". O editor diz: "a gente até já preparou todo o texto falando em vandalismo, cadê os vândalos?". "Vou dar um jeito nisso", diz o figurão. Telefonemas prá cá e para lá entre telefones da secretária de segurança, de Brasília e até da China. Sabe-se lá qual a cadeia exata de comando, mas uma ordem de cima chega ao pelotão de choque: "dispersem". Um comandante do esquadrão ainda pergunta sem entender: dispersar a tropa? Podemos ir para casa? A manifestação acabou pacífica, os que ainda estão na rua estão na fila do metrô e nos pontos de ônibus esperando sua vez para ir para casa. Um ou outro grupinho de jovens estão parados apenas conversando sem nenhuma desordem... A resposta é: "Não! Dispersem com bomba de gás lacrimogênio quem ver pela frente. Algum 'vândalo' disse que iria pular a catraca do metrô".

Agora sem nenhuma ficção, até os jornalões ficaram com vergonha de publicar a versão chapa branca dos golpistas e se limitaram a reduzir danos para Temer. A "Folha de São Paulo" tentou confundir e tocar terror: "Ato pacífico contra Temer termina com bombas em São Paulo", sem conseguir acusar os manifestantes e dando um tiro no pé ao desestabilizar Temer até internacionalmente. O "Estadão" trocou o "vandalismo" por "houve tumulto e correria" sem explicar que provocada pela PM. Só "O Globo" foi o mais disciplinado chapa-branca, repetindo a versão oficial governista de Alckmin e Temer de que "o fim do protesto voltou a ter vandalismo de pequenos grupos", sem explicar que o tal pequeno grupo era uma tropa, cujo comando final é do governador em sintonia com as diretrizes de Temer.

Moral da história:

1) A resistência pacífica com o maior número de pessoas possível é o ponto fraco dos golpistas e é a mais poderosa arma de exercício de poder do povo contra o golpe opressor.

2) Provocar soldados da PM é perda de foco, ao lutar contra efeitos sem combater as causas. O protesto é contra quem comanda eles. É mais produtivo não aceitar provocações e conseguirmos passar as mensagens de luta contra o governo golpista porque queremos que governos comprometidos com a educação, saúde, geração de empregos, moradias, previdência social, segurança e com a vontade popular sendo respeitada nas ações de governo. Todas as famílias brasileiras de trabalhadores, inclusive de policiais, sofrem as consequências quando esses direitos são golpeados por um governo golpista.

3) Não podemos recuar e precisamos ser mais um em cada manifestação. Quanto mais gente pacífica, mais segura é a manifestação, pois os políticos figurões que mandam as polícias bater no povo, recuam quando vê que tem muita gente.



Onde:

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2016/09/alckmin-e-temer-por-que-mandam.html?m=1

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Desinterino e sem legitimidade

Desinterino, o que se borra de medo do povo
Charge de Mariano



Os novos Joaquins Silvérios dos Reis:
61 canalhas X 54.501.118 votos


Charge de Pelicano





Onde:

http://www.chargeonline.com.br