segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Bloco dos sem-vergonha


Temer e a pouca vergonha de nossos tempos

Eugênio Aragão

As frações de informação tornadas públicas na entrevista do advogado José Yunes, insistentemente apresentado pelos esbulhadores do Palácio do Planalto como desconhecido de Michel Temer, embrulham o estômago, causam ânsia de vômito em qualquer pessoa normal, medianamente decente.

Conclui-se que Temer e sua cambada prepararam a traição à Presidenta Dilma Vana Rousseff bem antes das eleições de 2014. A aliança entre o hoje sedizente presidente e o correntista suíço Eduardo Cunha existia já em maio daquele ano, quando o primeiro recebeu no Palácio do Jaburu, na companhia cúmplice de Eliseu Padilha, o Sr. Marcelo Odebrecht, para solicitar-lhe a módica quantia de 10 milhões de reais. Não para financiar as eleições presidenciais, mas, ao menos em parte, para garantir o voto de 140 parlamentares, que dariam a Eduardo Cunha a presidência da Câmara dos Deputados, passo imprescindível na rota da conspiração para derrubar Dilma.

Temer armou cedo o golpe que lhe daria o que nunca obteria em uma disputa democrática: o mandato de Presidente da República. Definitivamente, esse sujeitinho não foi feito para a democracia. É um gnomo feio, incapaz de encantar multidões, sem ideias, sem concepções, sem voto, mas com elevada dose de inveja e vaidade. Para tomar a si o que não é seu, age à sorrelfa, à imagem e semelhança de Smeágol, o destroncado monstrengo do épico "O Senhor dos Anéis".

Muito ainda saberemos sobre o mais vergonhoso episódio da história republicana brasileira, protagonizado por jagunços da política, gente sem caráter e vergonha na cara, que só conseguiu seu intento porque a sociedade estava debilitada, polarizada no ódio plantado pela mídia comercial e reverberado com afinco nas redes sociais, com a inestimável mãozinha de carreiras da elite do serviço público.

O resultado está aí: o fim de um projeto nacional e soberano de desenvolvimento sustentável e inclusivo. A mais profunda crise econômica que o país já experimentou. A desconstrução do pouco de solidariedade que nosso Estado já prestou aos mais necessitados. A troca do interesse da maioria pela mesquinhez gananciosa e ambiciosa da minoria que, "em nome do PIB" ou "do mercado", se deu o direito de rasgar os votos de 54 milhões de brasileiras e brasileiros. Rasgaram-nos pela fraude e pelo corrompimento das instituições, com o único escopo de liquidar os ativos nacionais e fazer dinheiro rápido e farto, como na privatização de FHC. Dinheiro que o cidadão nunca verá.

É assim que se despedaça e trucida a democracia: dando o poder a quem perdeu as eleições, garantindo aos derrotados uma fatia gigantesca do governo usurpado e até a nomeação de um dos seus para o STF, para assegurar vida mansa a quem tem dívidas com a justiça. A piscadela de Alexandre de Moraes a Edison Lobão, na CCJ, diz tudo.

Assistiremos a tudo isso sem nenhum sentimento de pudor?

A essa altura dos acontecimentos, o STF e a PGR só podem insistir na tese da "regularidade formal" do impedimento da Presidenta Dilma Rousseff com a descarada hipocrisia definida por Voltaire como "cortesia dos covardes".

Caiu o véu da mentira. Não há mais como negar: o golpe foi comprado e a compra negociada cedinho, ainda no primeiro mandato de Dilma. O golpe foi dado com uma facada nas costas, desferida por quem deveria portar-se com discreta lealdade diante da companheira de chapa. O Judas revelado está.

E os guardiões da Constituição? Lavarão as mãos como Pilatos - ou tomarão vergonha na cara?


Onde:

http://altamiradomara.blogspot.com.br/2016/04/charge-do-dia-comandantes-do-golpe.html

http://www.brasil247.com/pt/colunistas/eugenioaragao/282490/Temer-e-a-pouca-vergonha-de-nossos-tempos.htm

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Nunca antes pelo avesso



Até o presidente do Banco Mundial se espanta com o grau de desmonte do Estado brasileiro e prenuncia o aprofundamento da noite escura da pátria.




O presidente do Banco Mundial (Bird), Jim Yong Kim, criticou o governo de Michel Temer no programa 'Noite Total', da rádio Globo & CBN. Ele ressaltou que nunca viu um governo desmontar políticas populares em benefício do povo.

"É a primeira vez que vejo um governo destruir o que está dando certo. Nós do Banco Mundial, o G8 e a ONU recomendamos os Programas sociais brasileiros para dezenas de países, tendo em vista os milhões de pobres brasileiros que saíram da extrema pobreza nos governos anteriores a esse", lamentou Jim Yong Kim.

Ele fez ainda previsões sombrias para o Brasil. "Agora a fome vai aumentar consideravelmente em 2017. Cortar programas sociais que custam tão pouco ao governo, como o Bolsa Família, é uma coisa que não tem explicação".


Onde:

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/281151/'Primeira-vez-que-vejo-um-governo-destruir-o-que-est%C3%A1-dando-certo'-diz-presidente-do-Bird.htm

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Esforço sem oportunidade é murro em ponta de faca

Bruna Sena, primeiro lugar em medicina na USP


"Meritocracia é uma falácia", diz primeiro lugar em Medicina da USP Ribeirão Preto


por Nadine Nascimento, especial para o Saúde Popular

“A meritocracia é uma falácia. Eu consegui porque tive ajuda. Não dá para igualar as pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades. Eu me esforcei muito, sim, mas não consegui só por causa disso, eu tive apoio. E é isso que a gente tem que dar para quem não tem oportunidade. A gente perde muitos gênios por aí, inclusive nas favelas porque não podem estudar”, diz a estudante Bruna Sena, jovem negra, primeiro lugar em medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto.

Estudante de escola pública, Sena alcançou a nota mais alta no curso mais concorrido do vestibular 2017 da USP. Com apenas 17 anos, a jovem superou 6,8 mil candidatos que disputaram as 90 vagas de graduação. Para comemorar o resultado em sua rede social ela passou um recado: “A casa-grande surta quando a senzala vira médica”.

Ao Saúde Popular Bruna diz que se considera feminista e que tem sua mãe como principal inspiração. “Ela foi a pessoa que tornou tudo isso possível. Ela nunca me pressionou e sempre me apoiou. Minha mãe cuida de mim sozinha. Ela e meu pai são separados desde quando eu tinha menos de um ano. Meu pai simplesmente me abortou. Nunca pagou pensão nem nada. Me esqueceu”, diz.

Confira entrevista na íntegra:

Saúde Popular: Como foi sua preparação para o vestibular?

Bruna Sena: Apesar de sempre ser estudiosa, só me preparei mesmo ano passado. Eu cursava o terceiro ano do ensino médio, estudava de manhã em uma escola pública. Chegava em casa dormia um pouco. Depois, no fim da tarde, estudava mais e ia para o cursinho à noite. Essa foi minha rotina o ano inteiro. O cursinho era popular, conhecido como CPM, Cursinho Popular de Medicina, que funciona dentro da faculdade de medicina. Os professores são alunos do curso. Eu devo muito a eles porque a solidariedade foi enorme. Se não fosse o cursinho acho que eu não teria passado.

Saúde Popular: Como você se sentiu com o resultado?

Bruna Sena: Eu fiquei muito surpresa de verdade. Não imaginava passar nem na primeira fase. Antes da liberação do resultado da Fuvest, que saiu dia 2, eu nem dormi. Significa muito para mim e minha família. Representatividade importa. Mostrar que a gente é capaz, que basta a gente ter oportunidades, como eu tive. O objetivo do meu post nem foi me exibir, foi para mostrar que eu posso e que outras pessoas podem também, basta ter oportunidade de estudar. Tive pessoas muito boas ao meu lado. Tanto na minha família, que me ajudou muito, como o pessoal do cursinho. Minha mãe sempre me falava “se você não passar este ano, você vai passar em outro e vai tentar até passar”. Eu tive muito apoio dela. Minha mãe pagou um curso de matemática para mim, mesmo pesando no bolso dela.

Saúde Popular: Por que escolheu medicina? Já sabe que área que seguir?

Bruna Sena: Ainda não sei qual especialidade. Mas quero atender pessoas de baixa renda, que precisam de ajuda, que precisam de alguém para dar a mão e de saúde de qualidade.

Saúde Popular: Para comemorar o resultado, você usou uma frase provocativa em sua rede social: “A casa-grande surta quando a senzala vira médica”. Você milita em algum movimento social feminista negro?

Bruna Sena: Eu sou feminista. Ano passado não pude militar porque estava estudando muito. Mas quero muito entrar em um movimento feminista negro. Lá na USP tem e eu quero fazer parte.

Saúde Popular: Alguém te inspirou nisso?

Bruna Sena: Minha mãe é minha inspiração. Ela foi a pessoa que tornou tudo isso possível. Ela nunca me pressionou e sempre me apoiou. Isso é muito bonito. Meus pais são separados desde quando eu tinha menos de um ano. Meu pai simplesmente me abortou. Nunca pagou pensão nem nada. Me esqueceu. Minha mãe que cuida de mim com a ajuda da nossa família. Além disso, há os professores do cursinho. Eles são heróis. Mesmo fazendo um curso que é super pesado eles estavam ali para dar aula para a gente.

Saúde Popular: Alguns comentários na redes sociais dizem que você conseguiu porque se esforçou muito e que isso basta para que todos consigam. Qual sua opinião sobre isso?

Bruna Sena: A meritocracia é uma falácia. Eu consegui porque tive ajuda. Não dá para igualar as pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades. Eu me esforcei muito, sim, mas não consegui só por causa disso, eu tive muito apoio. E é isso que a gente tem que dá para quem não tem oportunidade. A gente perde muitos gênios por aí, inclusive nas favelas porque não podem estudar. E eu fiquei com muito medo de que minha postagem servisse de argumento para a meritocracia. E eu vi comentários que se baseavam nisso. Mas eu sabia que ia acontecer. Eu quero frisar bem que a questão importante é a oportunidade. Eu consegui porque tive oportunidade. Eu tenho visto minha história como apoio à meritocracia e fico muito triste com isso.

Saúde Popular: Como você espera ser recepcionada?

Bruna Sena: Todos os veteranos que eu conheci são muito legais. Todos me receberam muito bem. Os babacas do curso devem estar escondidos e eu só vou conhecê-los quando as aulas começarem. Provavelmente, uma minoria vai encher meu saco e eu tenho que enfrentar de cabeça erguida. Não sou eu quem vou mudar a mentalidade deles, infelizmente.

Edição: Juliana Gonçalves


Onde:

https://saude-popular.org/2017/02/meritocracia-e-uma-falacia-diz-1o-lugar-em-medicina-da-usp-ribeirao-preto

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Acalanto pra Marisa

Ninna nanna per Marisa # Neném Ribeiro




Marisa e a força do caráter

Paulo Moreira Leite

Passado o choque de uma morte precoce e injusta, será preciso acompanhar, passo a passo, a investigação e a necessária punição dos doutorzinhos e doutorazinhas de instinto assassino que envergonharam o país com atos criminosos durante o AVC de Marisa Letícia, sem respeitar direitos de paciente e a privacidade de cidadã em luta pela vida.

A esse respeito, não custa lembrar que teriam honrado o diploma universitário se ajudassem a esclarecer as circunstâncias psicológicas de uma tragédia iniciada 24 horas depois que a Polícia Federal esteve no apartamento de Marisa e Lula em São Bernardo, revirou móveis, abriu pastas, levantou o colchão do quarto do casal. 

Um dia será possível passar a limpo, como o próprio Lula deixou claro ao falar de facínoras, a perseguição movida pelo Ministério Público e pela Lava Jato. Após dois anos de inferno programado, até agora nada se apontou em acusações contra Marisa, o marido e os filhos. Restou um triplex imoral formado pela covardia, o interesse político e a manipulação midiática. Sua finalidade real era destruir reputações e alimentar um retrocesso político que se encontra aí, à vista de todos, e ainda pode se agravar.

Numa sociedade que, de uns tempos para cá, passou a fingir que aprendeu a respeitar a condição de suas mulheres e não costuma perder a chance de pronunciar palavras simpáticas sobre elas, o tratamento oferecido a Marisa desmascara a hipocrisia e denuncia o atraso real. Sublinha a duplicidade reservada às filhas, mães e avós, em particular aquelas nascidas em famílias de trabalhadores. Confirma a permanência de preconceitos de classe e de gênero, enraizados, invencíveis, desrespeitosos, que ajudam a humilhar para quebrar e descartar. No passado da ditadura, elas eram sequestradas e torturadas para descrever o caminho das pedras que podia levar aos maridos, namorados, filhos.

Era a visão da mulher como o elo mais fraco, que cede primeiro. 

No Brasil de nossa época, os adversários de Lula sempre calcularam -- erradamente -- que seria possível contar com Marisa Letícia, antiga operária da Dulcora, uma das lendárias fábricas de doces de minha infância, para atingir a mais importante liderança popular de nossas lutas sociais após a Abolição. Foi assim desde a primeira campanha presidencial, a de 1989 e um segundo turno de virada, como todos podem recordar. Sempre se procurou um escândalo que pudesse se transformar em tragédia política, forçando a saída de cena do personagem indesejável. Foram três décadas de esforço, investimento, trapaças, armadilhas, de qualquer tipo, origem, fundamento. Aguardavam por um depoimento, uma reação desesperada, um gesto de quem não aguenta mais. Uma confissão conveniente. Nada. Marisa não tremeu nem cedeu. Em várias conjuntura difíceis, desfavoráveis, manteve-se de pé. Revelou-se insubstituível. Num período de desafios extremos, quando a postura de determinados indivíduos, homens e mulheres, cumprem um papel decisivo, demonstrou caráter a altura. 

E assim chegamos ao ódio que lhe devotavam nos últimos tempos, que denuncia a falta de escrúpulos, a vocação para o crime. É uma vergonha para o país, um risco para a democracia.

A capacidade de resistência, contudo, honra a memória de Marisa. Vamos entender: por maior que tenha sido a dor, não deixou uma existência de 66 anos como vítima. Foi uma vencedora: "a estrela que iluminou minha vida," escreveu Lula, na coroa de flores. 

A sua maneira, frequentemente invisível, Marisa Letícia fez sua parte para que, mesmo em tempos tão difíceis, a luta dos trabalhadores pudesse continuar.


Onde:

http://www.brasil247.com/pt/blog/paulomoreiraleite/278782/Marisa-e-a-for%C3%A7a-do-car%C3%A1ter.htm

domingo, 5 de fevereiro de 2017

A vida é breve para gastá-la com ódios e conflitos

Charge de Jota Camelo



Que coisa é a vida, senão uma lâmpada acesa - vidro e fogo? Vidro que com um sopro se faz; fogo, que com assopro se apaga?

Padre Antônio Vieira


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Reencontrar o destino , a bússola, o caminho

Charge de Pxeira



Há tempos vimos testemunhando impotentes o país ser tomado de assalto por uma quadrilha predadora, que conspurcou a Política, aniquilou a Democracia, destruiu a Economia, entregou as riquezas nacionais, esmagou direitos individuais e sociais conquistados a duras penas. Assistimos, concomitantemente, à violação sistemática da Constituição e das leis pelos seus legítimos guardiões e operadores.

O texto do Nassif, em meio à dor e ao espanto, lavou nossa alma entristecida e chocada com essa situação absurda e desumana e nos faz lembrar os versos da poeta Marina Tzvietáieva " mas enquanto houver saliva, todo o país está em armas".

Que a família Lula da Silva receba carinho, solidariedade, luz e coragem para seguir adiante.

Que Dona Marisa Letícia descanse em paz na companhia dos santos de sua devoção e nos braços amorosos de Iemanjá.

O mar da História é agitado...

O barco chamado Brasil há de prosseguir atravessando marolinhas, marolas e tsunamis em direção ao seu verdadeiro propósito como nação e como povo.

Haveremos de reencontrar o destino, a bússola e o caminho.


O caso Marisa: a ética da Lava Jato e do PCC

Luis Nassif

Qual a intenção de Sérgio Moro e dos Procuradores da Lava Jato em denunciar dona Marisa? Do ponto de vista jurídico, nenhuma. Jamais comprovaram que o tríplex era de Lula. Mesmo se fosse, não havia nada que pudesse ser impingido a dona Marisa. Ela não participava de discussões políticas, menos ainda de negócios. Limitava-se a cuidar dos filhos e netos e dar amparo emocional ao marido.

A intenção foi puramente política, de bater, bater, bater em Lula, até que arriasse emocionalmente.

Não existe ética na guerra. E não existe a figura do inimigo no direito. A Lava Jato se tornou uma operação de guerra, caçando o inimigo e o direito se tornou instrumento de vingança.

Não viam a figura da mãe e da avó, mas apenas a mulher do inimigo a ser abatido.

Divulgaram como prova de crime os pedalinhos que dona Marisa comprou para os netos. Invadiram sua casa, entraram em seu quarto, reviraram até o colchão da cama. Levaram seu marido detido, expuseram incontáveis vezes os filhos no tribunal da mídia.

Esse exercício continuado de crueldade, mais do que estilo jurídico, é marca de caráter.

É possível encontrá-lo em diversos personagens e diversas situações, cada qual subordinando-se aos ritos da classe e às prerrogativas da profissão.

No Judiciário, gera alguns juízes vingadores. No Ministério Público, alguns projetos de torquemadas. Cada qual busca a jugular do inimigo valendo-se das armas que lhe foram conferidas institucionalmente. Não lhes exija momentos de civilidade, respingos de respeito, gotículas de humanidade.

No PCC, há chefes sanguinários que não se contentam com assassinatos de imagem e mortes civis: eliminam fisicamente os adversários. Na Polícia Militar os soldados que, com um revólver na mão, se consideram donos do mundo e das vidas. No crime, o poder das chefias depende apenas da meritocracia: não há concursos, nem carreiras pré-definidas, com planos de cargos e salários. E eles correm risco, pois não contam com a blindagem do Estado. São cruéis e são valentes.

Em comum, todos os vingadores, os da lei e os fora-da-lei, têm a crueldade de caráter, o gozo infindável de chutar o adversário de todas as formas, de tratá-lo como inimigo, os fora-da-lei matando pessoas, os da lei expondo-as ao direito penal do inimigo, desumanizando-as, transformando donas-de-casa em cúmplices, presentes de avó para netos em provas de crime, violando seu quarto, sua penteadeira, suas lembranças.

Hoje, na Lava Jato, o juiz Moro e cada procurador colocarão uma marca a mais no coldre virtual de onde empunham suas armas legais. Que pelo menos tranquem a porta antes de iniciar a comemoração.


Onde:

http://www.humorpolitico.com.br/lula-2/dona-marisa-presente/

http://jornalggn.com.br/noticia/caso-marisa-a-etica-da-lava-jato-e-do-pcc

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Adeus, Dona Marisa Letícia

Sol Negro (Caetano Veloso) # Maria Betânia e Gal Costa


O mar da História é agitado...


Iemanjá # Pintura em azulejo de Pierrette Audoux



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Flexões, reflexões

Charge de Alexandre Oliveira



Flexões, reflexões


- Cadê o país do futuro?

-Foi para o futuro do pretérito: seria.


(Cafu)



Onde:

http://www.humorpolitico.com.br/michel-temer/ponte-para-o-futuro/