domingo, 21 de junho de 2015

Som e fúria




Amanhã amanhã amanhã amanhã
Rasteja em passo parco dia a dia
Até a última sílaba do Tempo.
E os ontens, todos, só nos alumiam
O fim no pó. Apaga, apaga, vela
Breve!
A vida é só uma sombra móvel.
Pobre ator
Que freme e treme o seu papel no palco
E logo sai de cena. Um conto tonto
Dito por um idiota - som e fúria, signi-
Ficando nada.

William Shakespeare - fragmento do
 Macbeth - traduzido por Augusto de Campos       



Onde:


ABC da Literatura - Ezra Pound 
Ed. Cultrix

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