Nós vencemos uma eleição presidencial muito difícil, a mais
difícil desde 2002.
Foi uma eleição tão disputada que nossos adversários levaram
alguns meses para reconhecer que foram derrotados nas urnas.
E como perderam para o PT pela quarta vez consecutiva,
tentam impor ao país a agenda do retrocesso – na economia, na sociedade e até
na democracia.
Eles não se conformam com as transformações que realizamos
nesses 12 anos e meio. E não veem a hora de fazer a história andar para trás.
A agenda deles é o financiamento empresarial, para manter a
influência do poder econômico nas eleições.
Nós sempre valorizamos o papel do Congresso, da democracia
representativa. Mas quando o PT propõe ampliar os instrumentos da democracia
participativa, com mais conferências, conselhos e projetos de lei de inciativa
popular, eles vêm com a velha ideia do voto facultativo.
Do que eles não gostam mesmo é de voto popular. Não gostam
de participação social. Querem uma espécie de democracia sob medida, onde só
cabem os interesses dos poderosos, e a maioria fica do lado de fora.
A agenda deles é a redução da maioridade penal, para mandar
para a cadeia quem deveria estar na escola.
É acabar com o sistema de cotas, para mandar os pobres e os
negros de volta ao tempo onde não tinham oportunidades de estudar e ascender
socialmente.
É promover a intolerância e sancionar o preconceito contra a
população LGBT.
É perpetuar o oligopólio dos meios de comunicação, para que
a liberdade de imprensa continue sendo um privilégio de poucos, quando deveria
ser um direito de todos.
Eles querem fazer o Brasil voltar à idade média social em
que o País vivia antes de eleger o governo da inclusão, da liberdade e da
dignidade humana.
A agenda deles é acabar com o sistema de partilha e entregar
o pré-sal, que é uma conquista do povo brasileiro.
É destruir a Petrobrás, construída com a luta de gerações de
patriotas.
É destruir a indústria naval e a engenharia nacional, que
geram empregos aqui no Brasil e fazem nosso país mais forte.
Nossos adversários não se conformam com um modelo de
desenvolvimento baseado na inclusão, na geração de emprego e na distribuição de
renda.
E ainda nos acusam de dividir o País entre ricos e pobres, o
que é uma enorme hipocrisia.
Foi o governo do PT que trouxe para a mesa os que tinham
fome, que abrigou os que não tinham teto, que abriu a porta das escolas para os
que estavam do lado de fora, que integrou milhões ao mercado de trabalho e ao
consumo.
Foi o governo do PT que começou a fazer do Brasil um país de
todos, não apenas dos privilegiados de sempre.
Eles não se conformam com isso e saem por aí semeando o
pessimismo, anunciando o fim do Brasil.
(Fragmentos do discurso do Lula no Congresso do PT em Salvador)
Nenhum comentário:
Postar um comentário