quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Remédios do amor - Tempo (I)

Livro do Tempo # Lygia Pape




Tempo Rei (Gilberto Gil) # Gilberto Gil



Remédios do amor

Diz que é de amor, e de amor nosso, e de amor incurável: cum dilexisset; de amor nosso: suos qui erant in mundo; e de amor incurável, e sem remédio: in finem dilexit eos.



O TEMPO


O primeiro remédio que dizíamos, é o tempo. Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os Antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho.



Pe. Antônio Vieira


Fragmento do Sermão do Mandato, 1643

Edições Sermões – Semana Santa 1995 - Gráfica Ouro Preto - Prefeitura Ouro Preto




Onde:


Unplugged # Gilberto Gil

http://www.wikiart.org/pt/lygia-pape/book-of-time-1961


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